Municípios do litoral Norte atuam para melhorar segurança nas escolas

Após o fato que deixou 4 crianças mortas em uma creche de Blumenau (SC), o aspecto da segurança em estabelecimentos de ensino tem sido fortemente debatidos.  Nos últimos dias inúmeros boatos de possíveis ataques a escolas no litoral Norte e no RS, fez com que a atenção fosse redobrada. Mensagens em grupos de aplicativos e redes sociais ocasionaram um certo pânico em pais e alunos.

Em Cidreira, na segunda-feira,10, administração municipal, através do gabinete do prefeito e da Secretaria de Educação, reuniu-se com representantes da Brigada Militar, tenente Diógenes , gestores escolares da rede municipal e Guarda Patrimonial, para alinhar estratégias de segurança nas escolas municipais. Ficou definido policiamento ostensivo imediato nas escolas, instalação de campainhas nas escolas de Educação Infantil, contratação de mais monitores e instalação de câmeras de segurança.

Em Balneário Pinhal, em contato com o comando da Brigada Militar durante o feriado, a secretária de Educação e Cultura, professora Simone Santos solicitou reforço no policiamento próximo às escolas, proporcionando mais segurança aos alunos e profissionais da Educação, com o objetivo de dar maior tranquilidade para as famílias. As escolas estarão com os portões fechados durante o horário de aula, entrada e saídas monitoradas, monitores do pátio com atenção redobrada, Brigada Militar estará presente nas proximidades das escolas, está em processo de licitação a implantação de câmeras nas escolas do Ensino Fundamental. As escolas de Educação Infantil estarão sendo monitoradas através das câmeras, por um profissional da secretaria de educação, e empresa de monitoramento dos prédios das escolas em alerta. Nesse momento a Prefeitura e a Secretaria de Educação e Cultura estão tomando as medidas e precauções cabíveis juntos aos órgãos competentes, para zelar pela segurança das crianças e profissionais da Educação.

Em Tramandaí e Imbé, houve reforço da Guarda Municipal na fiscalização em frente as escolas. Em Tramandaí, a Secretaria da Educação tem recebido pais para tratar do assunto.Em uma escola estadual até mesmo pais e familiares se prontificaram a auxiliar na vigilância.

Em Imbé, a vereadora Claudia Duarte (PDT) protocolou no Legislativo um ante-projeto que cria um programa municipal de prevenção contra a prática de atentados violentos nas escolas e ouro sobre instalaçõa de botão do pânico nas escolas municipais.

Em Osório, o prefeito Roger Caputti, utilizou as redes sociais para esclarecer as medidas que estão sendo implantadas na cidade. “ A ronda patrimonial passou a atuar junto as escolas, estabelecemos contato direto da Secretaria Municipal de Segurança com todas as escolas. Acionamos os psicólogos para auxiliar em todos os aspectos e estamos mobilizados e atentos a qualquer ato estranho .Nosso intuito é proteger o cidadão.” Disse o prefeito.

Em escola particulares cresceu a procura por profissionais de segurança e durante as sessões das câmara de vereadores dos municípios litorâneos nesta segunda-feira, o debate foi sobre esta problemática. Em Cidreira, o presidente do Legislativo, vereador Claudio Hoffmann (Republicanos) mostrou-se contrariado com a prefeitura devido não ter sido convidado para reunião de segunda-feira que tratou do assunto e colocou o Legislativo a disposição.

Em Capão da Canoa, onde houve um alerta de ataque a uma escola na última semana, o vereador Ronaldo Tita (PSDB) disse que a legislação no Brasil é muito branda e vão continuar tirando a vida das pessoas pois há impunidade. A vereadora e professora Lavína Dias (PDT) disse que há muito tempo luta por melhorias na segurança das escolas. “ Muitas brigas de aluno tive que separar e a casa Legislativa tem que estar junto para dar melhor acolhimento as crianças. Em Torres, o vereador Gibraltar Cipriano Vidal (PP) disse que Torres deveria ter uma guarda armada, pois os vigilantes de patrimônio não tem competência e legalidade para atuar como agentes de segurança.

Em Arroio do Sal, moradores do município assustados com toda a situação e a série de ameaças disparadas em redes sociais, se mobilizam para realizar uma manifestação pacífica no sábado, dia 15 de abril. A principal reivindicação dos moradores é a presença de um vigilante na entrada de escolas, além da presença de órgãos de segurança.

Sobre o tema que preocupa todo o estado, foi realizada uma reunião do Ministério Público com as secretarias da Segurança Pública  e Educação nesta segunda-feira, 10 de abril, sobre a segurança no ambiente escolar e supostas ameaças que circulam nas redes sociais. Desde a semana passada, o MPRS, o Departamento de Inteligência da Segurança Pública (Disp) e as agências de inteligência das forças de segurança do Estado monitoram o tema no RS.

O comando da Brigada Militar e a chefia da Polícia Civil também participaram do encontro. O Ministério Público do RS apresentou medidas preventivas adotadas pela instituição, especialmente por seu Núcleo de Inteligência (Nimp), seu Cybergaeco e seus Centros de Apoio Operacional. Além disso, reforçou a rede de comunicação entre os promotores de Justiça Regionais da Educação, que cobrem todo o território gaúcho, para análise de casos suspeitos.

Em função dos boatos, a BM reforçou o patrulhamento em áreas estratégicas. Durante encontro, também foi reforçada orientação para que não sejam compartilhadas imagens de ataques em escolas para não estimular atos de violência.

A SSP reforça que, em caso de suspeita, estão disponíveis para denúncia, os canais da Brigada Militar (190) da Polícia Civil (197), e o Disque-Denúncia da secretaria (181), que funcionam 24 horas por dia. Não há necessidade de se identificar.

 

Foto- Divulgação BM

 

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