Dia Mundial das Baleias é comemorado nesta segunda-feira, 19 de fevereiro

Nesta segunda-feira, 19 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial das Baleias. A origem da data se deve ao fato da Comissão Baleeira Internacional ter declarado no dia 19 de fevereiro de 1986 a moratória de proibição da caça às baleias.

Por décadas, este grupo de animais serviu como matéria-prima para diversos produtos, como por exemplo, a gordura que era transformada em óleo e utilizado na iluminação pública e residencial, ou ainda, como ligante em argamassa em construções, as suas barbatanas eram base para confecção de espartilhos, pentes e chapéus.

A moratória global que baniu a pesca comercial das baleias foi essencial para a recuperação populacional de várias espécies quase extintas. O documento está em vigor até hoje, com 89 países trabalhando juntos pela causa, dentre eles o Brasil.

Japão, Noruega e Islândia assinaram a moratória com ressalvas: são países que ainda podem manter a prática da caça, porém com regras e cotas.

A Islândia alega que é uma prática sustentável e teve a permissão de caçar duas espécies: baleia-minke e baleia-comum. Mas o país já considera dar fim à atividade, dada a queda na demanda. A ideia é que em 2024 o país seja um local a menos praticando o ato.

O Japão defende que a caça é necessária para fins científicos, mas, na verdade, ele é o principal país atuante no comércio de carnes de baleia. E a Noruega se baseia no argumento de “tradição” para continuar a caçar, mas, assim como os japoneses, também tem interesses comerciais.

Diante da queda populacional e ameaça de extinção das baleias, ambientalistas e profissionais da área desenvolveram planos e ações para aumentar a população desses animais. 

Sobre as baleias

As baleias são mamíferos marinhos pertencentes à ordem dos cetáceos e estão divididas em duas categorias: as Mysticeti, que possuem barbatanas, e as Odontoceti, que possuem dentes. 

Independentemente das categorias, elas têm algumas características em comum, como a comunicação entre si por sons característicos, a necessidade de respirar na superfície (afinal de contas, são mamíferos e, assim como nós, têm pulmões) e uma camada espessa de gordura, que auxilia na manutenção de sua temperatura ideal e no armazenamento de energia.

Esses mamíferos têm um papel importante para o equilíbrio das águas marinhas, pois são responsáveis por melhorar a qualidade de vida dos oceanos.

Suas fezes funcionam como adubo, por conta dos nutrientes ricos para os mares, e elas são capazes de acumular anualmente cerca de 1,7 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (o que impacta na diminuição do aquecimento global). Quando morrem, sua carne vira alimento e sua carcaça se torna abrigo para outras espécies. Como estão no topo de cadeia alimentar, elas também controlam a população marinha com sua alimentação.

No mar do litoral Norte existem diversas espécies de baleias que utilizam estas águas. A mais conhecida é a baleia-franca, que, de maio a novembro, usam as águas do RS E SC para se reproduzirem e terem seus bebês. 

Entretanto muitas espécies já apareceram mortas nas areias da região como jubarte, minke, fin, cachalote, entre outras.

Na região, existem alguns projetos que monitoram e estudam as baleia-franca como o Farol das Baleias, em Torres, Gemars. No Museu do Ceclimar em Imbé existe um esqueleto de baleia jubarte em exposição. Ela encalhou em 2010 na praia de Capão Novo. 

“Em Torres, temos o privilégio de poder avistar ao longo dos meses de inverno e primavera a presença das baleias Franca que utilizam a costa brasileira no período reprodutivo”, comenta o biólogo e Diretor de Desenvolvimento Sustentável, Rodrigo De Rose da Silva da Secretaria do Meio Ambiente e Urbanismo da cidade.

Fotos- Prefeitura de Torres/Divulgação Porto de Imbituba

Dapraia News/Prefeitura de Torres/Blog 123 milhas

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