Acordo internacional reforça proteção a animais migratórios, entre eles, o boto de lahille
◔ 28/02/2024 19h03min ‣ Categoria: Geral ‣ Tags: #boto #Rio Tramandaí #boto de lahille![](Imagens/boto.webp)
O boto de Lahille, o tubarão-mangona e os peixes dourada e piramutaba foram incluídos nos anexos da Convenção de Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS, na sigla em inglês).
As 3 espécies e a subespécie de golfinho se juntam a outros 10 táxons aprovados na COP14 da CMS, realizada em Samarcanda, no Uzbequistão, em fevereiro.
Criada em 1979 e implementada em 1983, a CMS lista espécies migratórias ameaçadas em dois grupos:
O Anexo I reúne espécies em perigo de extinção em toda sua área de distribuição ou parte significativa dela. A inclusão de espécies nesta lista significa a proibição de sua caça e pesca em todos os países signatários da CMS, com poucas exceções.
No Anexo II, há espécies que precisam ou se beneficiariam de acordos internacionais para sua conservação e manejo. Um animal pode estar simultaneamente em ambos.
A dourada (Brachyplatystoma rousseauxii), importante para a economia regional na região amazônica, foi incluída no Anexo II. O peixe se reproduz na região andina, e os filhotes descem para a engorda na Foz do Rio Amazonas, percorrendo 11,6 mil km, a migração mais longa do mundo em águas continentais.
A piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii), encontrada principalmente nas Bacias Amazônica e do Rio Orinoco, foi adicionada no Anexo II. Seu trajeto de migração anual pode chegar a cerca de 3,1 mil km.
O tubarão-mangona (Carcharias taurus), espécie criticamente em perigo de extinção, foi incluído nos Anexos I e II. O declínio populacional da espécie é superior a 80% nas últimas três gerações.
Já o boto-de-Lahille (Tursiops truncatus gephyreus) será listado nos Anexos I e II por proposta do Brasil, Argentina e Uruguai. Esta subespécie é um golfinho classificado como “Em Perigo” na Lista Oficial das Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção. O boto de lahille habita, entre outros locais, a barra do Rio Tramandaí.
A conferência também aprovou a Iniciativa Onça-Pintada, que busca aumentar a cooperação internacional entre os países que têm o animal em seus territórios. Um dos objetivos é desenvolver corredores transfronteiriços que facilitem a conservação da espécie.
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Foto-Pedro Fruet
Com informações do Ministério do Meio Ambiente através do Projeto Botos da Barra