A partir desta quinta-feira, Hospital Tramandaí deixa de admitir pacientes na UTI

A Fundação Hospital Getúlio Vargas divulgou nota nesta quinta-feira, 18 de abril, comunicando que a Unidade de Terapia Intensiva deixa de admitir novos pacientes a partir desta quinta-feira.

Segundo o comunicado, o motivo é a dificuldade em manter um quantitativo razoável de insumos para a continuidade de assistência aos pacientes graves, a incerteza na continuidade da prestação de serviços médicos e de manter uma escala médica perene para atendimento na UTI adulto e dificuldade no remanejo de pacientes. A nota é assinada pelo diretor técnico Diego Morales

Na quarta-feira, 17 de abril reunião na Secretaria Estadual de Saúde definiu que o Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, dará retaguarda assistencial ao Estado, absorvendo, em caso de necessidade, parte dos pacientes de obstetrícia, traumatologia e cuidado clínico do Hospital Tramandaí.

Na segunda-feira, 16 de abril, foi publicado Termo de Dispensa de Licitação Eletrônica (142/2024) para a contratação emergencial de pessoa jurídica para atuar no Hospital Tramandaí. As propostas da contratação emergencial devem ser encaminhadas para a Secretaria da Saúde (SES) até 29 de abril. A vigência do contrato fica limitada ao período de 60 meses (cinco anos).

No último dia 11 de abril, o Estado havia comunicado a rescisão do contrato com a Fundação Hospital Getúlio Vargas na gestão do hospital que neste momento passa por um processo de transição entre a saída da FHGV e o ingresso de uma nova empresa.

Desde o dia 1º de abril, o Centro Obstétrico deixou de receber pacientes. Servidores mostram-se preocupados e apreensivos com a situação. “ A Fundação Hospital Getúlio Vargas não repassa qualquer tipo de informação. Funcionários ligam para Sapucaia do Sul e não tem nenhum tipo de retorno.” Diz um dos servidores.

Confira a nota-

“Considerando a dificuldade de mantermos um quantitativo razoável de insumos para a continuidade da assistência de pacientes graves em ambiente de Terapia Intensiva. Considerando a incerteza na continuidade da prestação de serviços médicos e de manter uma escala médica perene para atendimento na UTI adulto.

Considerando que as internações em leitos de UTI demandam tempo e continuidade e que a transferência de qualquer destes pacientes em uma eventual necessidade se torna extremamente difícil.

Considerando que recebi documento protocolado pela chefia médica e pelo responsável técnico médico expondo as dificuldades em manejar os pacientes devido toda a insegurança gerada com tais situações apontadas. Informo que a partir de hoje não serão mais admitidos pacientes na UTI até que sejam resolvidas as pendências de insumos e as incertezas quanto ao contrato de prestação de serviços médicos.

 Havendo qualquer mudança neste cenário tomaremos as medidas necessárias para o pronto restabelecimento dos serviços .”

Foto- Divulgação

Dapraia News