Litoral Norte tem 2.243 habitantes quilombolas, segundo IBGE
◔ 19/07/2024 14h47min ‣ Categoria: Geral ‣ Tags: #IBGE #Mostardas #Osório #Maquiné #Capivari do Sul #quilombolasHá no Rio Grande do Sul 203 localidades quilombolas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado é o oitavo no país em quantidade de localidades. A maior quantidade de localidades está no Maranhão, onde há 2.025, o que equivale a 23,99% das localidades do Brasil. No país, não foram recenseadas pessoas quilombolas apenas no Acre e em Roraima.
Foram identificadas localidades quilombolas em 75 municípios gaúchos. As maiores ocorrências estão em Porto Alegre (16), Canguçu (16), Formigueiro (10), Piratini (9), São Lourenço do Sul (9), Caçapava do Sul (7) e Pelotas (7), sendo a população total de 17.552 quilombolas no RS.
O Estado possui a maioria das localidades quilombolas da região Sul, que tem, ao todo, 304 localidades, ou 3,6% do total do país.
Os dados são do “Censo Demográfico 2022: Quilombolas: Alfabetização e características dos domicílios”, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 19 de julho. O Censo Demográfico 2022 investigou, pela primeira vez, o pertencimento étnico quilombola dos moradores de localidades quilombolas e recenseou mais de 1,3 milhão de pessoas quilombolas em 25 unidades da federação - não foram recenseadas pessoas quilombolas em Roraima e no Acre.
No litoral Norte, existem comunidades quilombolas em 9 municípios totalizando 2.243 pessoas, sendo que Osório, Mostardas e Maquiné apresentam as comunidades quilombolas com maior quantidade de pessoas.
Confira os municípios com comunidade quilombolas e a quantidade de habitantes no litoral Norte-
Capivari do Sul- 142 quilombolas
Mampituba- 27 quilombolas
Maquiné- 336 quilombolas
Mostardas- 654 quilombolas
Osório- 698 quilombolas
Palmares do Sul- 272 quilombolas
Terra de Areia- 46 quilombolas
Três Forquilhas- 68 quilombolas
As localidades quilombolas são definidas por lugares do território nacional onde existe um aglomerado permanente de habitantes quilombolas. Para serem consideradas localidades, esses lugares precisam estar relacionados a uma comunidade quilombola e contarem com, no mínimo, 15 pessoas declaradas quilombolas, cujos domicílios estão a, no máximo, 200 metros de distância uns dos outros.
“As comunidades quilombolas possuem diferentes configurações espaciais. A definição das localidades busca estabelecer critérios padronizados para identificação dos lugares caracterizados pela residência habitual de conjuntos de pessoas pertencentes a essas comunidades. Os parâmetros adotados procuraram garantir a confidencialidade das informações étnico-raciais, e, ao mesmo tempo, viabilizar a melhor identificação possível da ocorrência espacial de agrupamentos de pessoas quilombolas. Foram também submetidos à consulta prévia às lideranças quilombolas, de modo que o mapeamento refletisse a diversidade territorial das comunidades”, destaca Fernando Damasco, gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas do IBGE.
As comunidades quilombolas foram declaradas por cada informante quilombola por ocasião do Censo 2022. Esse pertencimento está relacionado a questões étnicas, históricas e sociais, de modo que mesma comunidade pode ser composta por mais de uma localidade, conforme a necessidade de dispersão espacial e as formas de organização locais e regionais de cada grupo. As localidades quilombolas vinculadas a uma mesma comunidade podem estar em diferentes situações territoriais, em áreas urbanas ou rurais e dentro ou fora de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados.
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Foto- Daer-divulgação- Mostardas
Dapraia News/IBGE/Correio do Povo