Transpetro investe em projeto socioambiental de pesca cooperativa entre pescadores e botos no RS
◔ 01/11/2024 11h18min ‣ Categoria: Geral ‣ Tags: #Botos da Barra #Transpetro #Convenio TranspetroA Transpetro, em parceria com o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), do Campus Litoral Nortes (CLN), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), retomou o investimento no Projeto Botos da Barra do Rio Tramandaí (RS). Realizada na região onde a companhia opera o Terminal Marítimo Almirante Soares Dutra (Tedut), a iniciativa pretende salvaguardar a pesca cooperativa entre pescadores artesanais e os botos-de-Lahille, uma espécie de golfinho ameaçada de extinção.
Com investimento previsto de R$ 950 mil nos próximos três anos, a ação socioambiental mantém uma interação rara no mundo de cooperação entre humanos e animais: os botos cercam os cardumes de tainha utilizando a ecolocalização e sinalizam aos pescadores o momento ideal para lançar as tarrafas. Assim, os pescadores garantem a pesca - o que gera renda e alimento - enquanto os botos comem os peixes que se desorientam dos cardumes e escapam das redes.
A nova fase do projeto, com convênio firmado até 2027, também dará ênfase à educação ambiental direcionada a escolas e à comunidade em geral, abordando a importância da alimentação de qualidade e do valor cultural e imaterial da pesca com botos.
A área de estudo também será expandida, incluindo o Sistema Lagunar Tramandaí-Armazém e as águas costeiras adjacentes à Barra, uma região de relevância ecológica e econômica. Isso ampliará o impacto das medidas e permitirá alcançar um público ainda maior.
“O investimento nesta ação socioambiental reflete o compromisso da Transpetro com a sustentabilidade nas comunidades onde está presente. Ao retomar o convênio com o Projeto Botos da Barra, apoiaremos o fortalecimento da economia local e a valorização da identidade cultural da região, além de gerar conhecimento científico e engajamento da comunidade”, afirma o gerente de Responsabilidade Social da Transpetro, Jordano Zanardi.
O coordenador do projeto e professor da UFRGS, Dr. Ignacio Benites Moreno, destaca suas expectativas para a segunda fase: "Com a Transpetro, conseguiremos avançar e pensar no futuro, consolidar o conhecimento, trazer novas informações para a comunidade e contribuir para a construção de políticas públicas eficazes na proteção da pesca cooperativa e do ecossistema estuarino-lagunar onde ela ocorre", ressalta.
Resultados obtidos
A primeira fase do projeto, realizada entre 2015 e 2017, desencadeou uma série de resultados significativos, como o reconhecimento da Barra do Rio Tramandaí como uma área estratégica para a conservação da espécie. A iniciativa foi fundamental para mapear e dialogar o fortalecimento da pesca artesanal, além de proporcionar o monitoramento ambiental contínuo dos botos e da interação cooperativa.
Também colaborou para a inclusão da espécie em outras políticas públicas brasileiras, como o Plano de Ação para a Conservação dos Cetáceos Marinhos Ameaçados de Extinção no Brasil. As ações realizadas mobilizaram comunidade e estudantes por meio de oficinas, palestras, exposições e visitas guiadas à Barra do Rio Tramandaí.
Fenômeno raro
A pesca cooperativa é uma interação rara no mundo, com ocorrências no sul do Brasil e no sul e sudeste do continente asiático, mais especificamente, na Índia e em Myanmar (antiga Birmânia). Essa tradição é transmitida culturalmente de pais para filhos e através de grupos sociais. Na Barra do Rio Tramandaí, os comportamentos associados a esta interação vêm sendo aprendidos e propagados entre as gerações de pescadores e botos há, pelo menos, 120 anos. Atualmente, 13 botos são considerados residentes na Barra do rio Tramandaí e participam da pesca cooperativa.
Lançamento
O lançamento do convênio ocorreu na manhã desta sexta-feira. 1º de novembro, na sede da Transpetro em Osório e reuniu integrantes da empresa, comunidade científica e pescadores.
Sobre a Transpetro
Operando 48 terminais (27 aquaviários e 21 terrestres), cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 33 navios, a Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras. A empresa é a maior companhia de logística multimodal de petróleo, derivados e biocombustíveis da América Latina.
A Transpetro presta serviços a distribuidoras, à indústria petroquímica e demais empresas do setor de óleo e gás. A carteira da subsidiária da Petrobras conta com mais de 160 clientes.
Fotos- Felipe Santos/Divulgação
Assessoria de Imprensa Transpetro