Prefeituras trabalham na sinalização de áreas de pesca e surf no litoral Norte

O surfista e comunicador Ki Fornari fez um alerta nas redes sociais sobre a sinalização das áreas de pesca e surf no litoral gaúcho. Com o retorno da pesca de cabo, desde o último dia 15 de março, surfistas e pescadores mostram-se preocupados com a situação. Conforme Ki Fornari em diversas praias a sinalização é deficiente e isto pode colocar em risco os praticantes de surf ou outros esportes aquáticos.

Desde 1986, 49 surfistas já morreram em redes de pesca enquanto praticavam o esporte na costa gaúcha, sendo que a última morte ocorreu em 2010.

Uma lei estadual, datada de 1988 e modificada em 2011, obriga os municípios a demarcarem áreas de surf e pesca. A partir de então, os municípios tiveram que confeccionar legislações delimitando as áreas de pesca e surf com espaço de escape entre as duas e posterior a aprovação das leis, os municípios tiveram que providenciar a sinalização destas áreas com placas visíveis, inclusive dentro da água, seguindo a lei estadual.

Os municípios passaram a cumprir estas legislações e instalaram as sinalizações, entretanto com o passar do tempo, os equipamentos foram se deteriorando e, em muitos locais, não houve a reposição. Expostos as intempéries e a maresia, os materiais não tem longa duração e perdem a eficácia com o passar do tempo.

As redes, onde aconteceram a maioria das mortes, ficam dispostas na zona de arrebentação a cerca de 250 m da praia. As redes são do tipo emalhe e instaladas perpendicularmente à costa, sendo uma extremidade fixada na areia e a outra, na zona de arrebentação em profundidades de até dois metros. A fixação das duas extremidades se dá por um sistema de cabos, estacas e âncoras (poitas) e existe a sinalização com bandeiras. O surfista, levado pelas correntes, pode se enredar nas redes, o que representa grande perigo. Por isto a demarcação de áreas específicas para cada atividade.

Confira a situação dos municípios

Em Imbé, a prefeitura está fazendo a reposição com novas placas e em parte da orla elas já foram instaladas. Nesta semana, a Secretaria de Pesca estará verificando o andamento das reposições. 

Confira a legislação de Imbé CLICANDO AQUI

Em Tramandaí, conforme o secretário de Pesca e Agricultura, Marcos Krumennauer, nos próximos dias será feita uma nova licitação, para comprar o material necessário, o que vai levar no mínimo uns 90 dias até a confecção das placas. Na extensão da praia, existem algumas placas como em frente a Plataforma Marítima, mas no geral, a sinalização é precária. 

Confira a legislação de Tramandaí CLICANDO AQUI

Em Arroio do Sal, A Secretário de Turismo informou que a pasta iniciou, na última quarta-feira, 19 de março, o mapeamento da situação de demarcação e sinalização. “Há sinalização em alguns pontos, mas falta em outros. Vamos checar e adequar tudo. “ informou a Secretaria.

Confira a legislação de Arroio do Sal CLICANDO AQUI

Em Capão da Canoa, a prefeitura e a Emater percorreram, nesta semana, a orla do município e foi constatado que algumas placas necessitam de revitalização na pintura, mas no aspecto geral, estão em boas condições, informou a prefeitura.

Confira a legislação de Capão da Canoa CLICANDO AQUI 

Em Balneário Pinhal, a atual gestão sinalizou todas as áreas de pesca e surf neste ano com novas placas.

Confira a legislação de Balneário Pinhal CLICANDO AQUI

Em Palmares do Sul, Segundo pescadores locais, as sinalizações estão em dia em Quintão.

Confira a legislação de Palmares do Sul CLICANDO AQUI

Em Cidreira, pescadores e surfistas relatam condições precárias na placas de sinalização e inexistentes em muitos locais.Prefeitura deve verificar a situação.

Confira a legislação de Cidreira CLICANDO AQUI

Em Xangri-lá, houve manutenção da sinalização em anos anteriores. Prefeitura não informou situação atual.

Confira a legislação de Xangri-Lá CLICANDO AQUI

Em Torres, existem placas de sinalização. Não obtivemos informações sobre as ações do governo municipal.

Confira a legislação de Torres CLICANDO AQUI

Em Osório, as áreas específicas para pesca e a prática de surfe estão localizadas em lados opostos à região central dos balneários. Este direcionamento ocorre, justamente, para que não sejam próximas uma da outra e, assim, não hajam riscos. Em relação às placas que sinalizam as respectivas áreas em Atlântida Sul e Mariápolis, as mesmas, com frequência, são subtraídas de seus locais, normalmente, por vandalismo. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Turismo e Cultura está providenciando novas placas para instalação na orla, inclusive, com placas reserva para rápida reposição quando necessário.

Confira a legislação de Osório CLICANDO AQUI

Fotos- Sandro Sauer- Divulgação

Dapraia News

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