Pinguins-de-magalhães: o que fazer ao encontrá-los nas praias do litoral Norte
◔ 08/07/2025 18h21min ‣ Categoria: Geral ‣ Tags: #Mauricio Tavares #Centro de Estudos Costeiros #Limnológicos e Marinhos da UFRGS #pinguins #de #magalhães #o que fazer ao avistar um pinguim na praia #pinguim no litoral
Com a chegada do frio, os pinguins-de-magalhães podem ser observados com frequência nas praias do litoral Norte.
Todos os anos entre o outono e o inverno austrais inúmeros pinguins se dispersam de suas colônias reprodutivas situadas no sul da América do Sul, mais precisamente Argentina e Uruguai, e se deslocam para o norte em busca de alimento. Muitos deles chegam exaustos ao litoral gaúcho, podendo vir a óbito nas praias. Outros acabam interagindo com atividades humanas, como a pesca ou se contaminando com petróleo ou seus derivados no próprio oceano.
O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior incidência dessas aves em suas águas, bem como de carcaças encontradas nas praias. A maior parte dos indivíduos de pinguim-de- magalhães encontrados mortos e recebidos vivos em centros de reabilitação no Brasil é de jovens no primeiro ano de vida.
Muitas vezes nos deparamos com exemplares destas aves com vida no litoral Norte e a maioria das pessoas não sabe o que fazer. Esta semana, uma pessoa levou um pinguim para a delegacia de polícia de Tramandaí, que posteriormente acionou o Comando Ambiental da Brigada Militar, em outros casos alguns levam os animais para suas casas.
O biólogo do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos da UFRGS (Ceclimar) de Imbé, Maurício Tavares, que há anos participa de monitoramento de animais marinhos nas praias do litoral Norte, publicou um vídeo em suas redes sociais com algumas orientações.
Segundo o veterinário, ao avistar uma destas aves não faça nada, muitas vezes ela saiu do mar para descansar. Confira as principais orientações-
Manter distância mínima de cinco metros e evitar aglomerações em volta do animal, pois isto causa grande estresse;
Nunca alimentá-los;
Jamais tentar recolocar um animal de volta ao mar;
Nunca tentar retirá-los da praia ou transportá-los sem avaliação de profissionais qualificados (biólogos e veterinários) em fauna marinha;
Respeitar a rotina de vida das espécies que utilizam a praia para descanso, como é o caso dos lobos-marinhos e pinguins-de magalhães;
Avisar as autoridades competentes, como o Comando Ambiental da Brigada Militar e, sempre que possível, realizar registro fotográfico para facilitar a avaliação dos biólogos e veterinários quanto a real necessidade de resgate.
A mortandade destes animais é absolutamente normal e faz parte da seleção natural.
Confira o vídeo no instagram com as orientações do biólogo Maurício Tavares CLICANDO AQUI
Foto- Ceram-Thamara Salvagni
Dapraia News/ Fauna Marinha
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