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UFRGS inicia coleta de materiais para pesquisas do Projeto ProCostaRS no litoral Norte

◔ 30/07/2025 17h53min   ‣   Categoria: Geral   ‣   Tags: #UFRGS #projeto ProCostaRS #Imbé #Ceclimar

Uma equipe de pesquisadores, envolvendo servidores e estudantes da UFRGS, embarcou nos dias 21 e 22 de julho, para as primeiras coletas de material para a pesquisa ‘Serviço Integrado de Proteção à Linha de Costa do Rio Grande do Sul (PróCostaRS)’. 

Seis integrantes da Universidade estiveram na Laguna de Tramandaí e no mar do litoral gaúcho para coletar dados que servirão de subsídios para as seguintes metas da pesquisa: oceanografia física e meteorologia; geologia; biológica; e aspectos químicos da água. O projeto foi aprovado pelo edital Fapergs 06/2024 voltado ao desenvolvimento de pesquisas com ênfase a desastres climáticos.

Coletas de campo ocorreram nos dias 21 e 22 de julho na Laguna de Tramandaí e no Oceano Atlântico. Crédito: Douglas Moreira/Divulgação

Uma equipe de pesquisadores, envolvendo servidores e estudantes da UFRGS, embarcou nesta segunda e terça-feira, 21 e 22 de julho, para as primeiras coletas de material para a pesquisa ‘Serviço Integrado de Proteção à Linha de Costa do Rio Grande do Sul (PróCostaRS)’. 

Seis integrantes da Universidade estiveram na Laguna de Tramandaí e no mar do litoral gaúcho para coletar dados que servirão de subsídios para as seguintes metas da pesquisa: oceanografia física e meteorologia; geologia; biológica; e aspectos químicos da água. O projeto foi aprovado pelo edital Fapergs 06/2024 voltado ao desenvolvimento de pesquisas com ênfase a desastres climáticos.

O projeto visa fortalecer a resiliência costeira do estado do Rio Grande do Sul, utilizando uma abordagem científica e tecnológica avançada para enfrentar os desafios impostos pelos desastres climáticos. Para o seu desenvolvimento, a pesquisa conta com a participação de outras 10 instituições parceiras e uma equipe multidisciplinar composta por 40 pesquisadores, bolsistas de graduação e pós-graduação.

Segundo Guilherme Tavares Nunes, professor do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), as coletas dos dias 21 e 22 servirão para atender aos eixos 3 e 4. “O ponto três diz respeito aos aspectos biológicos, sendo que envolverá vários embarques e o trabalho de dois grupos principais que medem indicadores de mudanças climáticas – plâncton e bentos. Já no ponto quatro, vamos investigar a poluição ambiental por meio de vários parâmetros da química da água, avaliados tanto nas lagoas costeiras como em material coletado durante os embarques”, explica ele.

Coleta embarcada

Participaram das primeiras coletas de amostra os pesquisadores da UFRGS Cacinele Mariana da Rocha, Carla Maria Menegola da Silva, Juliana de Freitas Gonçalves, Octavio Ezquivel Garrote e os estudantes de Biologia Marinha Douglas de Abreu Moreira e Irving Giyann Pereira dos Santos Rubim.

Cacinele explica que na primeira saída de campo, dia 21, foram monitoradas e coletadas amostras de água, sedimento e biota em cinco diferentes pontos em torno do estuário Tramandaí-Armazém. Já no dia 22 foi a parte de mar na tentativa de 19 pontos coleta de água, sedimento e plâncton. “As saídas de campo continuam por 10 meses, até maio de 2026”.

O estudante Douglas traz um relato de como foi a coleta no Oceano Atlântico: “A embarcação partiu da barra do estuário Tramandaí-Armazém por volta das 7h30. O primeiro ponto de coleta foi estabelecido no canal da Barra, um local de intensa mistura de águas doce e salgada. A partir dali, a equipe partiu em direção ao mar, amostrando em diferentes pontos em frente a costa das cidades de Imbé e Tramandaí, faixa crucial para entendimento dos processos costeiros. Cada dia de coleta em campo tem duração média de oito a nove horas para a obtenção de todos os materiais necessários. Ao final de cada jornada, as amostras são levadas imediatamente para os laboratórios. Lá, são submetidas ao processo de armazenamento e, posteriormente, à análise detalhada”. 

Estruturação

Estruturado em cinco eixos, o projeto PróCostaRS é coordenado e liderado pela UFRGS, mas conta com a cooperação de diversas instituições e especialistas. O objetivo de todos é comum: apresentar uma base de conhecimento e entregar produtos práticos para as gestões. Um dos exemplos citados por Guilherme Tavares é criar um aplicativo amigável que possa ser usado pela população, defesa civil e municípios para acompanhar a previsão do tempo na região costeira de maneira mais precisa. “Além disso, pretendemos entregar os pontos de fragilidade para os municípios referente ao avanço do mar como forma de auxiliar os municípios a identificar prioridades para a gestão relacionados às mudanças climáticas”, salienta o pesquisador.

O projeto está estruturado em cinco eixos principais:

(1) Implementação de uma rede contínua de monitoramento e alerta de eventos oceanográficos e meteorológicos, tendo como diferencial a disponibilização de um sistema de previsão acoplado, que considera as interações entre o oceano e a atmosfera, o que não existe de forma operacional. Esta previsão, extremamente robusta, terá uma interface para usuários externos, permitindo o alerta e o planejamento de ações frente a eventos climáticos;


(2) Modelagem da vulnerabilidade costeira à erosão e inundações, com proposição de estratégias de adaptação. Está sendo realizada a avaliação da movimentação da linha de costa nas últimas décadas, para embasar a previsão de tendências futuras, bem como a geração e integração de dados para o mapeamento de áreas mais susceptíveis a alagamentos e inundações. Com isto, serão gerados mapas, com a definição de áreas de risco atuais e cenários de tendências de áreas de risco futuras, o que dará suporte para planos de gestão. Além disso, estão sendo testadas estratégias de recuperação de áreas degradadas, especialmente em dunas costeiras, que constituem uma proteção natural para eventos meteorológicos;


(3) Avaliação dos impactos climáticos e da tropicalização sobre os recursos marinhos vivos, através da coleta de bioindicadores com ênfase em plâncton e bentos, para que se possa conhecer as respostas da biodiversidade frente a tendências de aquecimento das águas e em eventos extremos. Estão sendo monitoradas alterações na composição das espécies para gerar modelos preditivos de distribuição futura e a ocorrência e impactos de espécies exóticas invasoras. Com isso, será criado um banco de dados com a distribuição histórica, atual e previsões de tendências futuras, que constituirão base para gestão;


(4) Monitoramento de microcontaminantes ambientais para detectar precocemente alterações na qualidade ambiental. Estão sendo realizadas análises de nutrientes, metais pesados, agroquímicos e fármacos em amostras de água, sedimentos, pescados e aves nas diferentes estações do ano. Com isso, será conhecida a distribuição espacial e temporal de contaminantes, identificando locais com maior contaminação (hotspots) e suas possíveis fontes. Esta base de conhecimento sobre a contaminação ambiental também servirá de base para tomadas de decisão e avaliação de impactos considerando os eventos extremos e tendências de cenários futuros;


(5) Ações de educação ambiental, com a promoção da cultura oceânica e capacitação das comunidades locais. Além do trabalho de divulgação nas redes sociais, estão previstos encontros com gestores dos municípios costeiros para apresentar e discutir os resultados do projeto, onde todas as metas fornecerão importantes bases de conhecimento diretamente aplicadas na gestão. Ainda, será gerado um acervo em realidade virtual voltado aos impactos das mudanças climáticas e da elevação do nível do mar, e uma cartilha de boas práticas sobre a importância da proteção dos ecossistemas marinhos e adaptação às mudanças climáticas.



Fotos- Divulgação

com informações da UFRGS

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