Jovem ameaça professor após dopar colegas em escola de Imbé. Polícia investiga o fato

O jornal Correio do Povo apresentou uma reportagem nesta terça-feira, 26 de agosto, informando a Polícia Civil investiga o caso de três adolescentes que ingeriram medicação de uso controlado em Imbé. O fato aconteceu na semana passada, mas o registro da ocorrência foi feito nessa segunda-feira, 25 de agosto. Em 2023, o jovem que forneceu o remédio aos colegas foi apreendido por suspeita de planejar um ataque escolar em Maquiné.

Com idades entre 16 e 17 anos, o trio estuda na Escola Estadual de Ensino Médio 9 de Maio. Na última quinta-feira, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local após uma orientadora ter percebido que um dos estudantes tinha fala arrastada, sonolência e comportamento alterado.

Na mesma data, um segundo adolescente foi encontrado caído após descer do transporte escolar. Os dois receberam atendimento na Policlínica de Imbé. Eles passam bem.

Um terceiro jovem, ao ser questionado por uma professora, admitiu que tinha fornecido comprimidos do Alprazolam aos colegas. A substância, da classe dos benzodiazepínicos, age diminuindo excitações no cérebro e é utilizada no tratamento de transtornos de ansiedade. Uma overdose pode resultar em dificuldade respiratória, perda de consciência e morte.

Esse adolescente, ainda segundo apuração policial, também fez gestos de armas com os dedos das mãos em direção às costas da professora. Na sequência, proferiu ameaças. Também assumiu ter consumido o fármaco. A mãe dele optou por levá-lo para casa. “Depois o cara faz as coisas na escola e não sabem o porquê”, teria dito o jovem aos colegas.

A Escola Estadual de Ensino Médio 9 de Maio, que não informou quais medidas havia adotado em relação aos estudantes. O corpo docente enfatizou que não faria manifestações e que autoridades cabíveis estão cientes do ocorrido. O espaço permanece aberto.

O delegado titular da Delegacia de Polícia de Imbé, Rodrigo Nunes, instaurou um inquérito para esclarecer os fatos. Até o momento, ele não havia pedido a internação provisória do adolescente. “Ainda é preciso agendar a data das oitivas. Só depois disso será possível definir se há, ou não, necessidade de outras medidas”, ponderou o delegado Rodrigo Nunes.

Nas redes sociais muitas manifestações indignadas como “Tem que suspender as aulas”, “ Este menino provavelmente tem problemas mentais” e muitos pedem que o jovem seja afastado da escola. “ Nossas crianças precisam de segurança”, “ Cada dia tenho mais medo de tirar meu filho de casa”. Algumas postagens pedem para que os pais não mandem os filhos para a escola e outro comentário diz que a escola é um local perigoso.

Foto- Ivan Andrade

Dapraia News/Correio do Povo